Blatter prefere que Rio de Janeiro seja sede da abertura da Copa

Blatter prefere que Rio de Janeiro seja sede da abertura da Copa

 

Presidente da Fifa alega que cidade já receberá centro de mídia e é mais atraente que São Paulo

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, expressou sua preferência para que o Rio de Janeiro realize a partida de abertura da Copa do Mundo de 2014 e não São Paulo, como pretende a organização.

"Há definitivamente uma competição entre Rio e São Paulo para obter a abertura. Mas já demos o centro de mídia para o Rio e a sede da organização da Fifa será no Rio. Portanto, a cidade mais adequada para receber a abertura é mesmo o Rio de Janeiro. O futebol brasileiro é o Rio. E para o mundo, o Rio é a cidade mais atraente para abrir uma Copa
sem dúvida", declarou Blatter em entrevista ao jornal "Estado de S. Paulo".

Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa de 2014 foi determinado que a abertura seria em São Paulo e a final no Rio de Janeiro.

O frustrado projeto para a adequação do estádio Morumbi, escolhido inicialmente pelos organizadores para a abertura do Mundial, e a posterior demora para consolidar a construção de um novo estádio, neste caso o Itaquerão, provocou um descontentamento na Fifa.

Esse atraso fez com que São Paulo ficasse fora da Copa das Confederações, que o Brasil organizará em 2013.

Outras cidades que serão sedes do Mundial, como Brasília e Belo Horizonte, cujas obras nos estádios estão bem adiantadas, foram cogitadas para receber a partida de abertura.

"O principal obstáculo para a organização da Copa no Brasil tem sido as brigas políticas entre prefeitos, governadores e governo federal. Isso pode de fato atrapalhar muita coisa. O Brasil sediará uma ótima Copa.
Mas tem de resolver essa briga política", declarou o presidente da Fifa.

Blatter também disse que a relação entre a CBF e o Governo brasileiro era "mais fácil" com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que atualmente com a presidente Dilma Rousseff.

No entanto, o dirigente suíço descartou o temor de um "caos" na organização da Copa, mas alertou sobre o problema na infraestrutura dos aeroportos, situação para a qual a Fifa delegou um assessor especial para colaborar com o Governo nesse campo.